Recessão econômica: mais de 150.000 empresas fecham no México

Os empresários mexicanos mal tentam sobreviver à recessão econômica – muitas vezes sem sucesso – que se aprofundou devido à pandemia do COVID-19. Isso sem praticamente receber assistência do Governo.

Proprietários de empresas relatam que estão concedendo crédito a seus clientes enquanto demitem funcionários ou reduzem suas horas ou salários.

Leia mais sobre a recessão econômica no México do ponto de vista dos empresários!

A Aliança Nacional de Pequenos Comerciantes informou na terça-feira que mais de 150.000 empresas, a maioria pequenas empresas, foram forçadas a fechar durante a pandemia. Na semana passada, a agência de estatísticas do governo disse que 92% das empresas de todos os tamanhos relataram que não receberam nenhum apoio do governo em abril e maio. Isso devido à pandemia, segundo seu levantamento mais recente.

Segundo a Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe, o governo mexicano aumentou seus gastos em apenas 1,1% de seu produto interno bruto para enfrentar os efeitos da pandemia. É um dos aumentos mais baixos de toda a região. Enquanto isso, o governo mantém suas metas de austeridade, que incluem cortar os salários de muitos funcionários públicos.

"O recessão econômica que o país está passando é de uma dimensão maior” do que o que o governo federal está fazendo agora. É o que afirma Cuauhtémoc Rivera, presidente da Aliança Nacional dos Pequenos Comerciantes (Anpec). A instituição inclui cerca de 95 mil associados.

A Anpec representa as empresas do bairro. Exemplos são lojas de esquina, tortilhas, açougues e outros. Estas são as empresas mais próximas dos clientes e geralmente são empresas familiares em suas próprias casas. Eles veem a situação difícil dos clientes, que compram mais itens essenciais a crédito. Além disso, eles parecem estar emocionalmente exaustos.

A situação é grave!

Em abril, o México perdeu 550 mil empregos na economia formal. Algo em torno da metade dos empregos que foram perdidos até hoje.

O México vive a pior queda anual em um trimestre desde que o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (Inegi) começou a registrar. O país mantém-se com um valor no segundo trimestre de 2020 de -18,9%. Isso significa que a economia mexicana contraiu 2,2 vezes mais do que o pior trimestre da crise mexicana. Estamos falando da crise ocorrida em 1995. 

Conclusão

López Obrador pressionou para reabrir o comércio rapidamente para salvar a economia. Apesar disso, estamos em um recessão econômica e infecções e mortes por COVID-19 continuam a aumentar.

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